Introdução
Estou trazendo aqui alguns textos interessantes sobre Thanatos. Não são textos meus, entretanto há comentários meus, uma vez que revisei os textos os deixando dentro de meu ponto de vista sobre o tema. Tentei fazer uma abordagem mais ampla sobre o tema, assim levando em conta seus vários aspectos, psicológico, mitológico e ritual.
Para o leitor mais atento, fica clara a semelhança entre os aspectos e sua interligação. Assim aos poucos vamos compreendendo melhor a origem de alguns ritos, bem como de como surge um mito, como é criada uma lenda, pois todo mito conta algo, que com certeza existe em algum lugar, nem que seja em nossas mentes.
Thanatos Para a ciência
Para Sigmund Freud...
Na sua teoria das pulsões Sigmund Freud descreveu duas pulsões antagônicas: Eros, uma pulsão sexual com tendência à preservação da vida, e a pulsão de morte (Thanatos) que levaria à segregação de tudo o que é vivo, à destruição. Ambas as pulsões não agem de forma isolada, estão sempre trabalhando em conjunto. Como no exemplo de se alimentar, embora haja pulsão de vida presente, afinal a finalidade de se alimentar é a manutenção da vida, existe também a pulsão de morte presente, pois é necessário que se destrua o alimento antes de ingerí-lo, e aí está presente um elemento agressivo, de segregação.
Freud, no princípio de sua teoria, distinguia várias pulsões distintas, que com o aprimoramento da teoria, foram reduzidas a duas pulsões básicas: eros, ou pulsão sexual, para a vida, e thanatos, ou pulsão agressiva, de morte. O autor via como base para essas pulsões o o princípio de atração e repulsão, também presente na matéria. Todas as outras pulsões secundárias (desejos, sonhos, enfim, todos os diferentes tipos de impulsos interiores que guiam a ação humana) são vistas como frutos da combinação daquelas duas pulsões.
As pulsões são a origem da energia psíquica que se acumula no interior do ser humano, gerando uma tensão que exige ser descarregada. O objetivo do indivíduo seria, assim, atingir um baixo nível de tensão interna. Nesse processo de descarregamento de tensões psíquicas, as três estruturas da mente (id, ego e super ego) desempenham um papel primordial, determinando a forma como esse descarregamento se manifestará. Todos esses processos se desenvolvem inconscientemente.
A hipótese do comportamento humano ser guiado apenas pela necessidade de reduzir a tensão gerada pelas pulsões é considerada ultrapassada pela pesquisa empírica, uma vez que a falta de estímulos leva o indivíduo a buscá-los ativamente, aumentando assim a tensão interna (assim, por exemplo, pessoas curiosas ou que buscam emoções fortes). A teoria de Freud, no entanto, deixou uma influência duradoura sobre a pesquisa da motivação sobretudo sob dois aspectos: (1) o conceito de projeção, ou seja, de que desejos inconscientes são capazes de influenciar a percepção consciente e (2) a idéia de que os objetivos perseguidos pelo comportamento humano não são necessariamente conscientes.
Clark L. Hull
Clark L. Hull foi, ao lado de B. F. Skinner, um dos principais teóricos do behaviorismo ou comportamentalismo, paradigma de pesquisa que julgava ser dever da psicologia científica basear-se somente em dados observáveis (chamados então de "fatos observáveis"), excluindo, assim, todos os processos internos do ser humano (pensamentos, emoções, etc.). Devido a essa postura, os psicólogos behavioristas dedicaram-se sobretudo ao estudo dos dois processos de aprendizado que, segundo eles, explicariam o comportamento humano: o condicionamento clássico e, sobretudo, o condicionamento operante. O problema é que esses processos explicam como o indivíduo aprende determinado comportamento, mas não o que o leva a realizá-lo.
A teoria de Hull procura explicar esse fato. Segundo ele, a tendência de realizar um determinado comportamento (tendência de comportamento) é o produto do hábito e da pulsão. O hábito é definido pelo quantidade vezes em que o comportamento recebeu um reforço no passado; mas o hábito não é suficiente para explicar completamente o comportamento, somente sua direção o comportamento, falta explicar a energia que o impulsiona. Essa energia é a pulsão. Hull diferenciava dois tipos de pulsões: As primárias, oriundas das necessidades biológicas (fome, cansaço, etc.) e secundárias, aprendidas, como o medo. A fim de corresponder ao paradigma behaviorista, o autor teve de limitar-se às pulsões mais fáceis de operacionalizar. Como Freud, também Hull partia do princípio de que o indivíduo sempre busca a redução da pulsão (ou seja, da tensão gerada por ela).
A teoria, tal como formulada originalmente, apresenta uma série de problemas: (1) a pesquisa empírica foi capaz de demonstrar que diferentes necessidades podem não somente se somar, mas também se atrapalhar mutuamente; (2) como no caso de Freud, a pressuposição de que o indivíduo somente está satisfeito quando ele é capaz de reduzir sua tensão interna foi igualmente falsificada pela pesquisa empírica e (3) diferentes tipos de reforço mostraram ter diferentes valores para os indivíduos. Assim, um rato que recebe pão embebido em leite como reforço aprende mais rápido do que um rato que recebe sementes de girassol. Na Tentativa de responder sobretudo a este terceiro problema, Hull modificou a fórmula original para Tendência de comportament = hábito × pulsão × atração, em que a atração representa o valor do reforço para o indivíduo. Em outra tentativa de complementar seu modelo, Hull acrescentou a expectativa do indivíduo de realmente receber o reforço (antecipação). Como se vê, nesse ponto sua teoria se aproxima cada vez mais dos limites do paradigma behaviorista, uma vez que "atração" e "antecipação" são conceitos mais próximos dos processos cognitivos, não observáveis.
Apesar de possuir atualmente um valor meramente histórico, a teoria de Hull tem o valor de ter já levado em conta dois elementos que posteriormente seriam alvos principais da pesquisa sobre a motivação: a atração e a expectativa. Além disso, o behaviorismo legou à psicologia uma paradigma empírico, que permitiu à pesquisa posterior oferecer uma explicação científica do comportamento humano, em oposição a uma explicação filosófica.
Thanatos na Mitologia
Na Grécia Antiga, em sua mitologia, entende-se que Tânatos (Thanatos), filho de Nix (noite) e Érebro (escuridão do mundo inferior) era irmão gêmeo de Hípnos.
Thanatos era a personificação da morte, que nascido em 21 de agosto, tinha essa data como o dia preferido para arrebatar as vidas enquanto Hípnos era a personificação do sono.
Os irmãos gêmeos habitavam os Campos Elíseos (País de Hades, o lugar do mundo subterrâneo).
Segundo Homero, o deus Hipnos vivia em Lemmos e casou-se com Grácia Paitea que lhe fora concedida por Hera, em troca de seus serviços realizados. Hípinos era representado em foma humana e se transforma em ave antes de dormir. Também aparece representado na imagem de um jovem com asas que toca uma flauta cuja melodia faz os homens dormir e ao se locomover, deixa atrás de si, um rastro de névoa.
Thanatos era representado por uma nuvem prateada que arrebatava a vida dos mortais. Também foi representado por homem de cabelos e olhos prateados. Seu papel na mitologia grega é acompanhado por Hades, o deus do mundo inferior.
Thanatos é um personagem que aparece em inúmeros mitos e lendas, assim como a parece na história de Sísifo e do rei Midas, que por serem as mais importantes se dispersaram com maior facilidade.
Thanatos na História de Sísifo
Uma grande ave sobrevoou os céus de Ephyra, uma cidade que veio a se chamar Corinto mais tarde. Depois de um mergulho vertiginoso a águia se foi levando em suas garras fortes, a jovem Egina.
Sísifo, o rei de Ephyra a reconheceu e interpretou a águia como mais uma das metamorfoses de Zeus, o deus dos deuses, que tinha por hábito transformar-se em animal para procriar com as mortais.
Asopo, o deus-rio, lhe perguntou sobre o destino que teria levado a filha e Sísifo, famoso por sua astúcia e maestria em truques, propôs ao velho deus-rio preocupado com sua filha, que lhe daria todas as informações, mas em troca, queria uma fonte de água na cidade de Ephyra.
Fecharam o acordo e depois de feito a fonte, que recebeu o nome de Pirene e foi consagrada às Musas, Sísifo lhe deu todas as informações sobre Egina.
Com isso Sísifo despertou o ódio de Zeus e Thanatos foi designado para levar o rei ao mundo dos mortos.
Sísifo com toda a sua maestria em truques elogiou Sísifo por sua irresistivel beleza, tocando-lhe todas as vaidades e ofertou-lhe um colar para enfeitar seu pescoço.
Depois de colocado o colar, este serviu a Sísifo como coleira com a qual aprisionou o jovem Thanatos.
Assim o grandioso rei Sísifo manteve a morte aprisionada, evitando que qualquer pessoa ou ser vivo viesse a morrer.
Não recebendo mais almas em seu reino, Hades, o deus dos mortos e Ares o deus das guerras que precisava da morte para findar as batalhas manifestaram-se quanto ao aprisionamento de Thanatos por um mortal.
Hades libertou Thanatos, ordenando-lhe que lhe trouxesse o rei Sísifo para o mundo dos mortos.
Segundo a lenda, Sísifo morreu de velhice.
Thanatos na História do Rei Midas
O filho de Zeus, Dionísio (para os gregos) ou Baco (para os romanos), ao reaver Seleno, seu pai e mestre, que fora salvo por Midas depois de ter se perdido, concedeu-lhe um dom (que mais pode ser encarado com uma maldição), transformar em ouro tudo o que tocasse.
Midas já estava sendo levado por Thanatos (morrendo), quando o herói Héracles (Hércules) é recebido em seu palácio e expulsa o deus da morte para fora do castelo.
Opondo-se a Thanatos que representa a morte, o termo final da existênica de todos os mortais, aqueles que não escapam à sua visita cedo ou tarde, encontramos Eros, o deus do amor, que promove as paixões e provoca a vida.
Atualmente dá-se o nome de Tanatoloiga à ciencia se ocupa da morte e dos problemas médico-legal relacionados com a medicina legal.
Fontes: http://thanatos-mitikos.spaces.live.com/
http://www.mortesubita.org/
http://www.fundaj.gov.br/
http://www.tanatologia.net/
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http://www.fundaj.gov.br/
http://www.tanatologia.net/
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