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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Liberdade

É natural da mente humana usar de artifícios para nos manter estagnados... o próprio meio social nos cobra isso... e nomeia como estabilidade... e qualquer ato fora do esperado socialmente é tido como insano... pessoas que mudam de cidade... que fecham uma empresa... que largam relacionamentos antigos... todos são tidos como pessoas de certa forma insanas... mas reparem que há um ponto em comum na vida das pessoas felizes... todas tiveram a coragem de escolher o próprio caminho, sim, pessoas felizes escolhem seus próprios caminhos, não ficam esperando a vida os arrastar de um lado para outro, em um vai-vem que não termina e não te leva a lugar algum.

Pessoas costumam levar suas vidas de forma a permitir que pessoas a sua volta tomem decisões por elas mesmas... de certa forma é confortável... porque se der errado você terá a quem culpar... vai dizer... não sou feliz porque fulano fez isso ou aquilo... porque fulano quis assim... mas o ideal é aceitar a responsabilidade pelas próprias escolhas e assumir os riscos pela própria vida... se der errado... responsabilidade nossa... se der certo... mérito nosso...

Eu particularmente não acredito em deus, ao menos não como a maioria das pessoas, mas existe algo que observo a anos que me faz rir bastante, que é o seguinte:

Não acredito em destino pré-determinado, mas sim em que nós mesmo modelamos nosso destino com nossas escolhas e principalmente com nossas atitudes... mas há algo dissonante aí... ao mesmo tempo em que fazemos nossas escolhas existe algo que depois de uma escolha feita não nos permite mudar o rumo dessa escolha, ou seja... não é a todo momento que temos a liberdade de fazer qualquer escolha... há isso podemos nomear de “estranho atrator”, que faz com que após um caminho escolhido nós o sigamos até o próximo “ponto de escolha”.

Para exemplificar um pouco o que estou falando, vamos imaginar nossos destinos como sendo ruas, e os pontos de escolhas como sendo as encruzilhadas, e o estranho atrator como sendo o transito. Agora imagine a situação... você esta indo normalmente pela rua (seu caminho), na encruzilhada entra a direita (sua escolha, no ponto de escolha), e você decide que não era aquela rua que queria entrar. O que fazer? Dar ré? Não, claro que não, o transito não permitirá (estranho atrator). Então o negócio é ir em frente, sem reclamar, afinal a escolha foi sua.

Espero que o exemplo acima tenha facilitado o entendimento de como somo livres até certo ponto em nossas escolhas, e tenha elucidado o ponto de que ao fazermos uma escolha, dali em diante ou caminhamos por nossas próprias pernas até nosso destino ou seremos arrastados por esse estranho atrator... o que normalmente nos coloca em situações bastante delicadas e que fogem a nosso controle... o inusitado se faz rotina até que passemos a caminhar com tranqüilidade em nosso novo caminho.

Você é perfeitamente livre para escolher por qual caminho seguir, mas uma vez feita a escolha, o trilhará até o final.

Por que isso acontece? Devem existir outras teorias, talvez até mais elucidativas do que a que vou apresentar, que é baseada na sabedoria de um oráculo chamado Ifá.

Para Ifá existem 16 manifestações básicas da natureza, que se multiplicam entre si perfazendo 256 manifestações, que vão se multiplicando indefinidamente... mas sempre teremos as 16 como princípio, assim sendo, para Ifá nada do que possa ser escolhido por nós é novidade, tudo o que poderia ter acontecido já aconteceu antes.

Os caminhos a que eu estava me referindo também são manifestações energéticas dos cruzamentos das 16 matrizes principais, ou seja, no momento em que fazemos uma escolha, estamos nos conectando a uma determinada matriz, que possui suas fractais que se multiplicarão indefinidamente, e você passa a estar sob influência dessa matriz, daí em diante o conjunto de informações e acontecimentos inerente a mesma começa a se manifestar em sua vida, ou um conjunto de acontecimentos que seja necessário para te harmonizar com o fluxo natural desta matriz escolhida por você.

É por isso que depois de escolhido um caminho, não há como alterar o rumo sem grandes problemas, para tal você terá que “nadar contra a corrente” proveniente de uma matriz ancestral milenar, é uma tarefa que particularmente desaconselho para qualquer pessoa.

Thenebris

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