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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O Fanatismo Religioso e a morte da inteligência



Como o fanatismo religioso pode sufocar a razão e representar todo o mal que uma religião pode encerrar em seu seio.

Dando uma olhada num jornal deparei-me com a manchete sugestiva: “FANÁTICA FEZ JEJUM PORQUE QUERIA VIVER NA ZONA SUL”. À primeira vista, quem lê, pode pensar que se trata de uma pessoa sem instrução ou despreparada intelectualmente. Contudo, ao ler mais atentamente a matéria, se é confrontado por fatos inusitados: Além de formada em teologia e cursar direito, a vítima, ainda falava dois idiomas além do português e era uma pessoa “viajada”.

É importante ressaltar, que instrução e inteligência são coisas completamente diferentes. E ao envolver-se religião no mesmo meio, fica muito mais difícil imaginar coisas mais antagônicas do que essas. Uma vez que, quanto mais inteligente e instruída uma pessoa for, teoricamente, mais capaz de julgar as diferenças entre o certo e o errado ela deve ser. Contudo, nesse raciocínio, deve-se levar em consideração que cerca de três por cento da população mundial sofre de algum problema mental. E isso, é uma estatística científica. Imaginando que o mundo tem mais de seis bilhões de pessoas; três por cento é bastante gente.

Quando ouvimos a palavra fanatismo, quase imediatamente, formamos a imagem mental de homens e mulheres com turbantes e burcas, apenas com os olhos de fora gritando a plenos pulmões: “Alláh!” – E explodindo-se no meio da multidão.

Puro preconceito. O fanatismo é arraigado no interior do homem desde que esse apareceu sobre a face da terra. Com o advento da religião, seja ela qual for, o fanatismo encontrou um terreno fértil para crescer e amadurecer; escondendo-se das mentes vigilantes por trás de dogmas e práticas aparentemente inocentes .

O muçulmano que se explode em nome de Alláh, o fiel católico que vira a cara ou instila seu ódio para praticantes de outras religiões, o “crente” que chuta imagens de santos ou invade centros de macumba, o umbandista que xinga ou lança maldições aos desafetos espirituais; enfim, todas essas formas de fanatismo estão por aí, bem perto de nós.

Quando o primeiro Neandertal percebeu que, dos pântanos e cavernas onde enterravam seus mortos, algo etéreo e brilhante se desprendia dos mortos e subia aos céus; sua mente, que não conseguia entender que eram apenas gases da decomposição se inflamando em contato com o ar (fogo fátuo), concebeu que aquilo era a centelha divina retornando ao seio do criador. Nascia o conceito de alma, que imediatamente depois, deu origem à idéia de um ser maior controlando tudo e, do qual, poderíamos obter benesses: Deus.

Ao mesmo tempo, ele percebeu que outras tribos ou famílias, que ainda não tinham atentado para esse “mistério”; não acreditavam nisso. Logo, eram inferiores a ele e precisavam ser “orientadas” a reconhecer esses “mistérios”. Quando alguns recusaram e ele foi obrigado a matá-los, pois eram uma ameaça, e obteve apoio para seus atos que, em qualquer outra situação, seriam condenados pela tribo, percebeu que matar em nome de Deus era aceitável. Daí para frente nascia o conceito de “guerra santa”. Desde então, nuca se matou tanto ou se fez tanto mal, quanto “em nome de Deus”.

Seja na baixada fluminense, seja no oriente distante, Deus é usado para inúmeras finalidades. De enriquecer facilmente, parasitando pessoas crédulas e despreparadas, até levar milhões a morrer por uma causa e, com isso, propiciar notoriedade, dinheiro e conforto para uma pequena minoria aproveitadora.

Mas do que uma vítima de problemas mentais graves, essa mulher, foi vítima da ignorância e da falta de cultura de sua própria família. Que, ao invés de perceberem que seu objetivo (jejuar para que Deus mandasse um emissário que os levasse para morar na Zona Sul) era irreal e anormal, fruto de algum problema de ordem mental; pactuaram e deixaram-se levar pela conduta fanática dela e, com isso, conseguiram apenas a morte e a destruição de sua própria família.

A história está repleta de exemplos de fanáticos que causaram apenas morte e destruição com suas visões distorcidas de Deus. Além da fé e da dedicação, deve sempre haver o bom senso. Deus e o diabo vivem dentro de nós e esse é o real campo de batalha. Antes de seguir, cegamente, o que diz seu padre, seu pastor, seu pai de santo, seu mulá, ou seja lá qual denominação tenha o sacerdote da fé que você professa; tenha em mente e analise se você faria o que ele pede; se fosse um estranho que acabou de encontrar na rua. Não cometa um engano que não tenha correção e nem envergonhe seu Deus: Pense.

... Esse texto foi extraido de um site chamado Vote Brasil... E eu acho importante ressaltar que nenhum tipo de fanatismo é considerado benéfico e infelizmente não se tratam de casos isolados.

Gostaria que os membros da comunidade dessem sua opinião sobre o tema proposto e principalmente respondessem a seguinte pergunta:

Onde termina o bom senso e começa o fanatismo ? Sendo ele demonstrado em atitudes ou palavras .

Boa pergunta... que para todos nós envolvidos com o oculto é de fundamental importância.

Pois costumamos nos alarmar com grandes atos "monstruosos" de fanáticos e os temos como loucos. Mas muitas vezes o limite entre o oculto e a insanidade é tênue... quase nulo para o desatento. E ultrapassar este limite pode nos custar caro.

Então qual seria o limite afinal? Talvez esse limite não exista de forma equivalente para todos... o que para um pode parecer normal para outro pode ser o mais completo desatino... Então por onde devemos nos fiar nesta observação?

Darei a minha opinião, talvez eu esteja enganado, ou mesmo talvez ela não se aplique a todos, entretanto vale para todos que se identificarem.

Sempre que algo religioso, espiritual, energético, oculto ou algo que o valha começar a interferir em nosso dia-a-dia, algo está errado. Quando começamos a dar mais importância ao subjetivo do que ao objetivo devemos parar para fazer uma análise mais apurada da situação e ver o que está acontecendo, antes que estejamos em uma situação sem volta, tanto para com nossa moral, auto estima e também socialmente, sim socialmente, pois por menos que muitos gostem do social... dependemos dele em nossas vidas.

Então... reflitam...

Também há um ponto a ser observado sobre a enorme diferença entre instrução e inteligência.

Uma pessoa inteligente, mesmo que sem instrução é capaz de por si própria discernir o que pode ser ou não bom para si próprio.

Já instrução... até uma máquina é capaz de ser instruída... um bom exemplo para isso temos os sistemas operacionais [conjunto de instruções para máquinas], mas basta uma instrução maliciosa [vírus] para desandar todo o sistema... que funcionava perfeitamente. O que faltava nessa máquina? Inteligência... para poder notar que era um vírus...

Kali e Thenebris

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