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sábado, 31 de julho de 2010

Sonho X Realidade

Ao invés de falar sobre o sonho de um deus hindu, proponho falarmos de algo mais próximo de todos nós e que com certeza traz mudanças muito mais profundas em nossas vidas. Que são nossos sonhos em confronto com nossa realidade.

É muito comum e triste notar a diferenciação que as pessoas fazem entre ambas as coisas, assim criando uma fossa abissal entre seus sonhos e desejos e a realidade que vivenciam. Pessoas passam anos sonhando com algo, mas quando possuem a real oportunidade de tornar seus sonhos sua realidade, encontram um sem fim de desculpas para não o fazer. Sim... exatamente isso, fazemos isso quase todos os dias... nós nos boicotamos. Cada qual por seus motivos, mas quando deixamos de mover céus e terras para realizar nossos sonhos estamos nos boicotando.

No sonho somos livres... nos permitimos tudo... até mesmo sermos felizes. Mas aí pensamos... “mas não é bem assim”... Por que não é bem assim? Por um único motivo, porque nos amedrontamos com o fato de que muitas vezes para realizarmos nossos sonhos teremos que sair de nossa zona de “conforto” e mudar praticamente tudo em nossa vida... é neste momento que conceitos lixo que nos foram enfiados goela abaixo começam a ganhar espaço e nos distanciar de nossos sonhos... “certos” e “errados” começam a ganhar formas mais socialmente aceitas... mesmo que você particularmente não pense da mesma forma... o social te escraviza, te submete e você sucumbe... abre mão de viver seu sonho.

Vejo também com tristeza em nosso meio pessoas com um forte ímpeto para enfrentar tudo... anjos, demônios, deuses, seja lá o que for, se descordam enfrentam e querem mudar coisas, entretanto, quando é para mudar coisas em sua própria realidade tudo se torna “complicado”... aí entra em jogo novamente os “certos” e “errados”, agora me pergunto... de que adianta querer mudar tudo o que está fora de nosso alcance se aquilo que depende unicamente de nossa vontade não temos a coragem de mudar? Alguns dirão... existem riscos. Sim existem... sempre existirão riscos... mas para mim nada pode ser mais arriscado do que abrir mão de nossos próprios sonhos... isto é uma forma de morrer... no momento onde você abre mão da sua felicidade você morre... passa a sobreviver no automático... nada mais te abala, porém nada mais te estimula.

Reflitam... e façam suas apostas hehehe... Afinal, a vida não passa de um jogo do qual todos sairemos mortos.

Thenebris

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Chakras Menores



Os chakras menores são algumas vezes mencionados nos textos sagrados dos hindus. Contudo, eles oferecem muito pouco interesse, salvo aqueles que estão em estreita relação com o cérebro e aos quais fazem algumas vezes alusão certos autores: “O Lalanâ chakra, em frente da úvula, com doze pétalas (ou lobos), região que se supõe associada à produção dos sentimentos e das afeições ego-altruístas, como o amor próprio, o orgulho, a afeição, a cólera, o pesar, a veneração, o contentamento, etc.”.

O iniciado se concentra sobre este centro no momento em que visualiza seu instrutor para solicitar-lhe conhecimentos diversos. O centro Lalanâ é responsável pelos doze pares de nervos cranianos que partem do cérebro para terminar nos diferentes órgãos dos sentidos.

"O Mana chakra, o sensório, com seis lobos (cinco sensórios especiais para as sensações de origem periférica, e um sensório comum para as sensações de origem central, como nos sonhos e nas alucinações".

Considera-se geralmente que o Mana chakra é fisicamente exteriorizado pelo cerebelo. É também a partir destas pétalas que nascem as sensações dos cinco sentidos.

"O Soma chakra, gânglio com dezesseis lobos, compreendendo os centros do cérebro, acima do sensório; sede dos sentimentos altruístas e do controle da vontade, da compaixão, da bondade, da paciência, da renúncia, da determinação, da magnanimidade, etc."

Dizem os yogues que é neste centro que pode ser contemplada a bem-aventurança do glorioso Ishvara. Que poderia ser comparado à consciência crística dos cristãos...

Fonte: Tinha este texto no HD... infelizmente não me recordo a fonte.


domingo, 25 de julho de 2010

7° CHAKRA : SAHASRARA



Centro Coronário

ESPIRITUALIDADE

Área do topo da cabeça - cor violeta/branco/prateado/dourado - glândula pineal.

Influencia o córtex cerebral e o sistema nervoso central.

Sua energia possibilita a ampliação da consciência e a conexão com seu Eu Superior, a inspiração, a união com o Todo, a busca de significado pessoal no Universo, e também um armazenador de energia kármica.

Thenebris

6° CHAKRA : AJÑA



Centro da Testa

PERCEPÇÃO e SÍNTESE

Área entre as sombrancelhas - elemento luz - cor azul escuro/violeta - glândula pituitária.

Influencia a visão, o cerebelo e o sistema nervoso central.

Sua energia possibilita a compreensão de si mesmo e do mundo, a intuição, a inteligência, a integração entre razão e emoção, a imaginação, a concentração, a sabedoria.

Thenebris

5° CHAKRA : VISHUDHA



Centro Laríngeo

EXPRESSÃO CRIATIVA

Área da garganta - elemento éter (vibração das ondas sonoras) - cor azul celeste - glândula tireóide.

Sua energia possibilita a experiência de auto-expressão e materialização daquilo que é mais verdadeiro na individualidade, o discernimento, a honestidade. É o centro a partir do qual falamos a nossa "verdade", aquilo em que acreditamos ou consideramos verdadeiro em relação a nós mesmos e ao mundo à nossa volta; como nos relacionamos com os outros e com grupos também.

Thenebris

4° CHAKRA : ANÁHATA



Centro Cardíaco

EMOCIONALIDADE

Área do tórax - elemento ar - cor verde/rosa - glândula do timo.

Associado ao coração e pulmões. Influencia também o sistema circulatório, braços e mãos.

Sua energia possibilita o sentimento de amor puro e incondicional por si mesmo e pelos outros, a expressão do afeto, o perdão (que cura os bloqueios deste chakra), a compreensão, o não-julgamento, a sensação de estar em paz.

Thenebris

3° CHAKRA : MANIPURA



Plexo Solar

IDENTIDADE e INDIVIDUALIDADE

Área do umbigo - elemento fogo - cor amarela - glândula pâncreas.

Associado ao fígado e ao baço. Influencia também a vesícula, as supra-renais, os músculos do estômago e o sistema nervoso.

Sua energia possibilita a força para exprimir emoções e ter integridade, o poder pessoal, a vontade, a autoridade, o auto-controle, a auto-estima e auto-avaliação, o calor humano, o carisma, o humor, a energia vital, a consciência da integridade do "Eu". Medo e raiva podem ficar alojados nele.

Thenebris

2° CHAKRA : SVADHISTHANA




Centro Púbico

SEXUALIDADE

Área pubiana/baixo ventre - elemento água - cor laranja - glândulas sexuais ou gônadas.

Associado aos órgãos genitais. Influencia também o baixo ventre, bexiga e vesícula.

Sua energia possibilita a associação da saúde à experiência de prazer, o dar e o receber, o compartilhar, o criar e procriar, a tolerância, a convivência, a habilidade de se permitir a entrega, o sentir, a sensualidade, o contentamento; e também nossa relação com o dinheiro. É também um dos locais onde as pessoas guardam a culpa e a humilhação.

Thenebris

1° CHAKRA : MULADHARA



Centro Coccigiano

SOBREVIVÊNCIA

Área do períneo - elemento terra - cor vermelho carmesim - glândulas supra-renais.

Associado ao intestino grosso e aos rins. Influencia também a coluna, pernas e ossos.

Conecta o sistema de energia sutil à terra. Sua energia possibilita o caminhar seguro pela vida, a garantia da auto-preservação, as necessidades básicas de sobrevivência, a energia física, o domínio do corpo, estabilidade, segurança, coragem, tranquilidade, saúde. Consciência de grupo (tribal): contém os padrões de crença estabelecidos com a família biológica e ambiente social na infância.

Thenebris

Chakras



Em cada ser humano existe uma rede de nervos e órgãos sensoriais que interpretam o mundo físico exterior. Ao mesmo tempo, em nós, reside um sistema sutil de canais (nadis) e centros de energia (chakras) que cuidam do nosso ser físico, intelectual, emocional e espiritual.

A palavra chakra (chacra) é sânscrita e significa roda. Os chakras, ou centros de força, são pontos de conexão ou enlace, pelos quais flui a energia de um a outro veículo ou corpo do homem da superfície, quando este se encontra sob a lei do karma e sob a lei do livre arbítrio. Os clarividentes podem vê-los facilmente no duplo etérico, em cuja superfície aparecem sob forma de depressões semelhantes a pratinhos ou vórtices. Desse modo cada chakra assemelha-se a uma flor cujas pétalas estão em movimento constante e harmônico. Quando já totalmente desenvolvidos, assemelham-se a círculos de uns cinco centímetros de diâmetro, que brilham mortiçamente no homem comum, mas que, ao se excitarem vividamente, aumentam de tamanho e são vistos como refulgentes e coruscantes torvelinhos à maneira de diminutos sóis. Todas essas rodas giram incessantemente e pela boca aberta de cada uma delas flui continuamente a energia do mundo superior, a manifestação da corrente vital diamante do Segundo Aspecto do Logos Solar, a que chamamos energia primária, de natureza sétupla, cujas modalidades in totum agem sobre cada chakra, ainda que com particular predomínio de uma delas segundo o chakra. Sem esse influxo de energia, não existiria o corpo físico.

São ao mesmo tempo transmissores e transformadores de energia de corpo para o corpo, uma vez que seu mecanismo sincroniza as energias emocionais, mentais e etéricas. Eles aumentam ou reduzem a energia, ou moderam ou aceleram sua atividade, de um corpo para outro, de modo que a energia mais rápida do corpo emocional possa afetar a energia mais lenta do etérico, e vice-versa.

As cores, que variam de chakra para chakra, também reluzem de um modo que contribui para sua aparência de flor. Numa pessoa saudável, as formas dos chakras se encontram num belo equilíbrio simétrico e orgânico, em que todas as partes fluem em uníssono, num padrão rítmico. Seu movimento tem na verdade um caráter harmônico e musical, com ritmos que variam de acordo com as diferenças individuais de constituição e temperamento.

Portanto, os chakras atuam em todos os seres humanos. Nas pessoas pouco evoluídas seu movimento é lento, o estritamente necessário para formar o vórtice adequado ao influxo de energia. No homem bastante evoluído, refulgem e palpitam com vívida luz, de maneira que por eles passa uma quantidade muitíssimo maior de energia, e o indivíduo obtém como resultado o acréscimo de suas potências e faculdades.

Os principais chakras do corpo etérico estão alinhados ao longo de um eixo vertical, com os cinco chakras inferiores paralelos à medula espinhal, estendendo-se da base da coluna vertebral ao crânio, e os outros dois, um situado entre as sobrancelhas e o outro no alto da cabeça. Este último, o Chakra Coronário, é em geral maior do que os outros, sendo a sede dominante da consciência.

Os chakras variam de tamanho e brilho, que indicam talentos e habilidades especiais. O centro laríngeo e frontal de um cantor talentoso, por exemplo, é bem maior do que o normal, além de mais brilhante e mais luminoso, girando ainda com maior rapidez.

Cada um dos centros possui ligações especiais com determinados órgãos do corpo, bem como com certos estados de consciência.

As glândulas endócrinas – projeções físicas de cada um dos sete chakras – são sustentadas pelos padrões de energia oriundos de cada um deles a que estão relacionadas.

Os chakras também revelam a ênfase fundamental do indivíduo – o foco do "Eu". Se uma pessoa se identifica basicamente com os sentimentos, os centros do coração e o do plexo solar serão mais ativos e proeminentes do que os outros. Um frontal muito brilhante indica um grau de integração pessoal; um coronário luminoso indica o desenvolvimento da consciência espiritual.

O fio da consciência que desperta está ligado ao núcleo do Chakra Coronário. Durante o sono esse fluxo de energia diminui, sendo reativado no momento do despertar. O fio da vida (Cordão de Sutratma) contudo, liga o Chakra Cardíaco ao coração físico, e essa ligação não se rompe durante a vida. Na ocasião da morte, o fio da consciência se retira do Chakra Coronário e o fio da vida se desliga do coração, sinalizando a desintegração de todos os outros chakras.

As principais funções dos chacras etéricos são:

1- absorver e distribuir o prana ou energia vital ao corpo etérico e, através deste, ao corpo físico; 
2- manter as ligações dinâmicas com os chakras correspondentes nos corpos emocional e mental.

O físico é afetado não apenas pela velocidade do fluxo da energia etérica, mas também pelo grau de harmonia no seu ritmo, e qualquer obstrução que possa deformar os padrões normais de energia resultam na perda de vitalidade e em doença. O processo da doença é bastante visível nos chakras, uma vez que não apenas rompe seu movimento harmônico como também altera a textura dos seus componentes.

Fonte: Texto que esta em meu HD, infelizmente não me recordo de sua fonte.

sábado, 24 de julho de 2010

Zeus




Como divindade suprema do Olimpo, chamado "pai dos deuses e dos homens", Zeus simbolizava a ordem racional da Civilização Helênica.

Zeus é o personagem mitológico que, segundo Hesíodo e outros autores, nasceu de Réia e de Cronos, o qual engolia os filhos para evitar que se cumprisse a profecia de que um deles o destronaria.

Após o nascimento de Zeus, Réia ocultou a criança numa caverna, em Creta, e deu uma pedra envolta em faixas para o marido engolir.

Quando chegou à idade adulta, Zeus obrigou o pai a vomitar todos os seus irmãos, ainda vivos, e o encerrou sob a terra.

Transformou-se então no novo senhor supremo do cosmo, que governava da morada dos deuses, no cume do Monte Olimpo.

A esposa de Zeus foi sua irmã Hera, mas ele teve numerosos amores com deusas e mulheres mortais, que lhe deram vasta descendência.

Entre as imortais, contam-se Métis, que Zeus engoliu quando grávida para depois extrair Atena da própria cabeça; Leto, que gerou Apolo e Ártemis; Sêmele, mãe de Dioniso; e sua irmã Deméter, que deu à luz Perséfone.

Com Hera concebeu Hefesto, Hebe e Ares.

O deus assumia com freqüência formas zoomórficas - cisne, touro - ou de nuvem ou chuva, em suas uniões com mortais, que deram origem a uma estirpe ímpar de heróis, como os Dióscuros (Castor e Pólux), Héracles (Hércules) e outros que ocupam lugar central nos ciclos lendários.

Os templos e estátuas em honra a Zeus dominavam todas as grandes cidades, embora seu culto fosse menos popular do que o das respectivas divindades locais.

Era representado comumente como homem forte e barbado, de aspecto majestoso, e com essa imagem foi adotado pelos Romanos, que o identificaram com Júpiter.

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Urano

Na mitologia grega, a figura imponente de Urano, personificação do céu, encarnava o impulso fecundante primário da natureza.

Urano é o deus do firmamento na mitologia grega.

Segundo a Teogonia, de Hesíodo, Urano foi gerado por Gaia (a Terra), nascida do Caos original e mãe também das Montanhas e do Mar.

Da posterior união de Gaia com Urano, nasceram os Titãs, os Ciclopes e os Hecatonquiros.

Por odiar os filhos, Urano encerrava-os no corpo de Gaia, que lhes pediu que a vingassem. Só Cronos, um dos Titãs, lhe atendeu.

Com uma harpe (cimitarra), castrou Urano quando este se uniu a Gaia.

Das gotas de sangue que caíram sobre ela nasceram as Erínias, os Gigantes e as Melíades (ninfas dos freixos).

Os testículos decepados flutuaram no mar e formaram uma espuma branca, de que nasceu Afrodite, a deusa do amor.

Com seu ato, Cronos separara o céu da Terra e permitira que o mundo adquirisse uma forma ordenada.

Na Grécia clássica não havia culto a Urano.

Este fato, aliado a outros elementos da narrativa, sugere uma origem pré-grega.

O uso da harpe indica fonte oriental e a história apresenta semelhança com o mito hitita de Kumarbi.

Em Roma, Urano foi identificado com o deus Céu.

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Titãs

A Mitologia Helênica é uma das mais geniais concepções que a humanidade produziu.

Os gregos, com sua fantasia, povoaram o céu e a terra, os mares e o mundo subterrâneo de Divindades Principais e Secundárias.

Amantes da ordem, instauraram uma precisa categoria intermediária para os Semideuses e Heróis.

A mitologia grega apresenta-se como uma transposição da vida em zonas ideais.

Superando o tempo, ela ainda se conserva com toda a sua serenidade, equilíbrio e alegria.

A religião grega teve uma influência tão duradoura, ampla e incisiva, que vigorou da pré-história ao século IV e muitos dos seus elementos sobreviveram nos Cultos Cristãos e nas tradições locais.

Complexo de crenças e práticas que constituíram as relações dos gregos antigos com seus deuses, a religião grega influenciou todo o Mediterrâneo e áreas adjacentes durante mais de um milênio.

Os gregos antigos adotavam o Politeísmo Antropomórfico, ou seja, vários deuses, todos com formas e atributos humanos.

Religião muito diversificada, acolhia entre seus fiéis desde os que alimentavam poucas esperanças em uma vida paradisíaca além túmulo, como os heróis de Homero, até os que, como Platão, acreditavam no julgamento após a morte, quando os justos seriam separados dos ímpios.

Abarcava assim entre seus fiéis desde a ingênua piedade dos camponeses até as requintadas especulações dos Filósofos, e tanto comportava os excessos orgiásticos do culto de Dioniso como a rigorosa ascese dos que buscavam a purificação.

No período compreendido entre as primeiras incursões dos povos helênicos de origem Indo-européia na Grécia, no início do segundo milênio a. C., até o fechamento das escolas pagãs pelo imperador bizantino Justinianus, no ano 529 da era cristã, transcorreram cerca de 25 séculos de influências e transformações.

Os primeiros dados existentes sobre a religião grega são as Lendas Homéricas, do século VIII a. C., mas é possível rastrear a evolução de crenças antecedentes.

Quando os indo-europeus chegaram à Grécia, já traziam suas próprias crenças e deuses, entre eles Zeus, protetor dos clãs guerreiros e senhor dos estados atmosféricos.

Também assimilaram cultos dos habitantes originais da península, os Pelasgos, como o oráculo de Dodona, os deuses dos rios e dos ventos e Deméter, a deusa de cabeça de cavalo que encarnava o ciclo da vegetação.

Depois de se fixarem em Micenas, os gregos entraram em contato com a civilização cretense e com outras civilizações mediterrâneas, das quais herdaram principalmente as divindades femininas como Hera, que passou a ser a esposa de Zeus; Atena, sua filha; e Ártemis, irmã gêmea de Apolo.

O início da filosofia grega, no século VI a.C., trouxe uma reflexão sobre as crenças e mitos do povo grego.

Alguns pensadores, como Heráclito, os Sofistas e Aristófanes, encontraram na mitologia motivo de ironia e zombaria.

Outros, como Platão e Aristóteles, prescindiram dos deuses do Olimpo para desenvolver uma idéia filosoficamente depurada sobre a divindade.

Enquanto isso, o culto público, a religião oficial, alcançava seu momento mais glorioso, em que teve como símbolo o Pártenon ateniense, mandado construir por Péricles.

A religiosidade popular evidenciava-se nos festejos tradicionais, em geral de origem camponesa, ainda que remoçada com novos nomes.

Os camponeses cultuavam Pã, deus dos rebanhos, cuja flauta mágica os pastores tentavam imitar; as ninfas, que protegiam suas casas; e as nereidas, divindades marinhas.

As conquistas de Alexandre o Grande facilitaram o intercâmbio entre as respectivas mitologias, de vencedores e vencidos, ainda que fossem influências de caráter mais cultural que autenticamente religioso.

Assim é que foram incorporadas à religião helênica a deusa frígia Cibele e os deuses egípcios Ísis e Serápis.

Pode-se dizer que o sincretismo, ou fusão pacífica das diversas religiões, foi a característica dominante do período Helenístico.

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Réia



Na época clássica, Réia foi cultuada em alguns pontos da Grécia, principalmente em Creta, na Arcádia, na Beócia e em Atenas.

Nessa cidade se localizava o santuário que a deusa compartilhava com o irmão e esposo Cronos.

Réia é uma antiga deusa, provavelmente de origem pré-helênica, associada à "Grande Mãe" cretense e aos ritos agrícolas.

Símbolo da terra, por meio do sincretismo creto-micênico foi transformada pelos gregos em esposa de Cronos.

Segundo a Teogonia, de Hesíodo, Réia, uma das titânidas, filha de Urano e Gaia - o casal primordial, céu e terra - casou-se com Cronos, seu irmão.

Dessa união nasceram seis filhos: Héstia, Deméter, Hera, Hades, Posêidon e Zeus. Avisado por uma profecia de que um de seus filhos lhe tomaria o trono, Cronos devorava cada um deles logo que nascia.

Quando da gestação de Zeus, Réia foi para Creta e, numa caverna do monte Dicte, deu à luz o caçula, que foi amamentado pela cabra Amaltéia.

Envolveu então uma pedra em panos, como se fosse a criança, e deu-a ao esposo, que a engoliu sem perceber a troca.

Mais tarde, Zeus destronou Cronos e o obrigou a vomitar todos os irmãos.

A iconografia de Réia não figura entre as mais importantes da mitologia grega.

Suas raras representações remetem ao mito do nascimento de Zeus.

Os romanos identificaram-na tardiamente com a divindade oriental Cibele, mãe dos deuses.

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Prometeu



A figura trágica e rebelde de Prometeu, símbolo da humanidade, constitui um dos mitos gregos mais presentes na cultura ocidental.

Filho de Jápeto e Clímene - ou da nereida Ásia ou ainda de Têrmis, irmã de Cronos, segundo outras versões - Prometeu pertencia à estirpe dos Titãs, descendentes de Urano e Gaia e inimigos dos deuses olímpicos.

O poeta Hesíodo relatou, em sua Teogonia, como Prometeu roubou o fogo escondido no Olimpo para entregá-lo aos homens.

Fez do limo da terra um homem e roubou uma fagulha do fogo divino a fim de dar-lhe vida.

Para castigá-lo, Zeus enviou-lhe a bonita Pandora, portadora de uma caixa que, ao ser aberta, espalharia todos os males sobre a Terra.

Como Prometeu resistiu aos encantos da mensageira, Zeus o acorrentou a um penhasco, onde uma águia devorava diariamente seu fígado, que se reconstituía.

Lendas posteriores narram como Hércules matou a águia e libertou Prometeu.

Na Grécia, havia altares consagrados ao culto a Prometeu, sobretudo em Atenas.

Nas lampadofórias (festas das lâmpadas), reverenciavam-se ao mesmo tempo Prometeu, que roubara o fogo do céu, Hefesto, deus do fogo, e Atena, que tinha ensinado o homem a fazer o óleo de oliva.

A tragédia Prometeu acorrentado, de Ésquilo, foi a primeira a apresentá-lo como um rebelde contra a injustiça e a onipotência divina, imagem particularmente apreciada pelos poetas românticos, que viram nele a encarnação da liberdade humana, que leva o homem a enfrentar com orgulho seu destino.

Prometeu significa etimologicamente "o que é previdente".

O mito, além de sua repercussão literária e artística, tem também ressonância profunda entre os pensadores.

Simbolizaria o homem que, para beneficiar a humanidade, enfrenta o suplício inexorável; a grande luta das conquistas civilizadoras e da propagação de seus benefícios à custa de sacrifício e sofrimento.

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