Não pretendo aqui neste breve texto elucidar inúmeros mistérios contidos na simbologia do Tarot, nem mesmo transcorrer sobre sua origem ou seu uso, que particularmente considero como sendo temas em demasia banais, mas vou tentar tecer em poucas linha um raciocínio de como esta simbologia se aplica a nossas vidas, assim colocando um ponto de vista de como o oráculo funciona.
O Tarot é formado por cartas que contém imagens arquetípicas, que são padrões existentes no inconsciente coletivo, que tendem à repetição, que por sua vez a cada momento que se repete, “alimenta” o padrão inicial, assim o fortalecendo, e induzindo a novas repetições, o que leva à propagação de um padrão.
Assim, cada uma das cartas de Tarot, trás em si toda uma gama de conhecimentos e padrões de repetição, que justamente por já terem acontecido no passado, e estarem apenas se propagando ao longo do tempo, já trazem em si os possíveis resultados para a vivencia de cada um dos padrões e de suas combinações.
Tendo isso em mente, podemos compreender melhor o modo como são interpretadas as mensagens em uma consulta ao Tarot enquanto oráculo, visto que alguém que se diz tarólogo, deve conhecer esses padrões e suas repercussões na vida de quem está fazendo a consulta, pois estes padrões são imutáveis; mas que fique claro que os padrões são imutáveis, apenas o que pode ser alterado é o quanto iremos nos submeter a estes padrões ou não.
Agora um ponto deveras interessante é: mas como as cartas que saem, coincidem exatamente com o que uma pessoa está vivenciando? Bem, a resposta para isso não é tão simples, entretanto não é tão complicada assim, vejamos:
Já temos como base que cada carta do Tarot representa um arquétipo no inconsciente coletivo, que estamos ligados através de nosso inconsciente individual, que por sua vez está ligado ao inconsciente individual de quem esta tirando as cartas, pronto, temos uma triangulação de informações, desta maneira temos como traçar qual o caminho que os fluxos de informações irão percorrer. Nosso inconsciente irá informar ao inconsciente do tarólogo a qual arquétipo estamos “ligados” em determinado momento de nossas vidas. Neste ponto podem me questionar: certo Thenebris, mas o que faz com que exatamente a carta que representa determinado arquétipo saia no jogo? Bem, isto eu sinceramente não sei, mas nomeio isto de “Um estranho atrator”.
Um estranho atrator — Algo que está presente em nossas vidas todo o tempo, que faz com que tudo esteja em seus devidos lugares em seus momentos adequados, assim produzindo as tão faladas sincronicidades. Uns chamariam de deus, outros diriam que se trata da providência divina, para uns tantos não passaria de obra do acaso, para mim se trata de uma afinada sinfonia orquestrada pelo fluxo de informações entre as mentes, que se dá através dos inconscientes de forma ininterrupta.
Agora voltando a falar um pouco sobre sua simbologia, vou citar apenas um exemplo, para que fique claro o quanto a simbologia do Tarot se mostra exata. E para isto utilizarei apenas um arcano, assim visando não me estender em demasia neste breve texto, o famigerado Arcano 13 A Morte. A Morte simboliza mudanças que devem ocorrer, mas por nossas próprias mãos, pois nos encontramos em uma situação em que nós mesmos nos colocamos nela, isto se tem através de seu sintoma (13... 1+3=4 O Imperador) assim sendo, fazemos as alterações dolorosas e necessárias e vamos para o próximo arcano (neste caso 14 A Temperança – neste caso representa que nossas vidas retornam ao normal) ou somos levados ao próximo arcano do caminho da dor o arcano 16 A Torre, que nos trás a mensagem de que se nós mesmo não o fizermos, a vida o fará, entretanto trazendo muito mais perdas do que o necessário.
Como puderam ver, a dinâmica do Tarot é muito simples, existe uma lógica atuando, as cartas formam um “cenário”, onde tudo já é conhecido, não há novidades, existem apenas escolhas a serem feitas!
Thenebris
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