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domingo, 31 de julho de 2011

Meditação em Movimento – Ba Gua, Chi

A meditação e o desenvolvimento de Chi (ou sua movimentação segundo alguns) é fundamental tanto para nosso bem estar como também para praticantes de wicca, qualquer arte oculta, pois todas envolvem manipulação de energias, e para isto há dois fatores importantes a serem observados:

  • 1. Serenidade de sua mente;
  • 2. Força de seu Chi.

Muitas pessoas que conhecem praticantes mais antigos de certas artes e se espantam com alguns feitos, que na verdade não possuem nada de sobrenatural, são coisas naturais do ser humano, porém adormecidas na grande maioria das pessoas, e acreditam que isto seja algum tipo de dom ou algo do tipo, o que é um erro, na verdade é um estado de ser, um grau que se atinge através de desenvolvimento. Mas desenvolvimento de que? Boa pergunta, e a resposta é simples, é seu desenvolvimento interior, o fortalecimento de seu Chi (energia vital).

Fortalecendo o Chi Através de Meditação em Movimento

Existem muitas formas de desenvolver o Chi (energia vital), mas de longe as formas que se mostram mais eficientes são as praticadas em artes marciais chinesas, como Tai Chi Chuan, Xing Yi Chuan e também Ba Gua Zhang, que são artes que trabalham profundamente nosso relacionamento com o Chi.

O Ba Gua é muito interessante, pois se baseia nos movimentos dos animais associados aos oito lados do Ba gua, e consequentemente nos oito trigramas do I ching – O Livro das Mutações. É uma arte que pode ser praticada como uma Meditação em Movimento, assim desenvolvendo seu Chi, lhe trazendo profundo bem-estar e serenidade.

E ainda, além dos benefícios físicos e energéticos desta prática, se ganha em sabedoria pois gradualmente se vai compreendendo a sabedoria de cada um dos animais do Ba Gua: a serpente, o dragão, o leão, o falcão, o urso, a fênix, o unicórnio e o macaco.

meditação e movimento

Literatura Relacionada: Meditação em Movimento - Paul Crompton

Este livro Meditação em Movimento de Paul Crompton trata especificamente sobre o Ba Gua, seus movimentos e benefícios para seu dia a dia, é certamente uma leitora que irá lhe acrescentar informações bastante úteis.

Leia este livro para conhecer mais sobre Ba Gua, a Arte Marcial do I Ching, que normalmente é associado apenas ao oráculo, o que é um erro, visto que o I Ching é um conhecimento de muita sabedoria, vale a pena conhecer!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Projeção Astral – Possibilidades e Limites

Este artigo é fruto de um debate ocorrido na comunidade Ataque Astral entre Thenebris (eu), Hecate, Drave e Modern Warfare (são todos perfis fakes, porem com conhecimentos sólidos e argumentação coerente). Visto a qualidade do debate decidi fazer um texto breve sobre alguns conceitos abordados neste tópico.

O início

Você já foi visitado durante a noite por um vivo?


Estou criando este tópico para saber sobre suas opiniões e/ou experiências sobre o tema, e ainda levantarei algumas outras questões para debate.


1. É possível na sua opinião uma pessoa se projetar e fazer-se notar em outro local e ainda induzir alguém a um estado onírico?


2. Sendo afirmativa a questão anterior, ainda além disso seria possível esta experiência produzir marcas físicas no corpo ou mesmo no ambiente?


3. Ambas as anteriores sendo afirmativas, para alguém com estas capacidades, qual seria o limite?

Alguns Conceitos - Projeção Astral

Dentro deste debate chega-se a um pensamento onde não se leva em consideração um “corpo” astral, até porque ele não passaria de um produto da mente, portanto passamos a observar as possibilidades da interação de uma mente para com outras em projeção.


Havendo esta possibilidade de projetar nossa consciência até outros lugares, surge a possibilidade de nos fazermos notar por outra pessoa, ou até mesmo a um grupo de pessoas, mas para que isso se torne possível é necessário atender a dois requisitos:


1. Para fazer-se notar (e para muitas outras interações energéticas também) por uma pessoa ou mesmo por um grupo é necessário uma certa sintonia entre você e esta pessoa ou grupo, o que também é chamado muitas vezes de vínculo emocional.


2. Caso se trate de uma interação com um grupo entenda que possivelmente além de um vínculo emocional também será necessário que o grupo esteja focado em um determinado evento, por isso este tipo de manifestação ocorre com maior freqüência em centros espíritas e de umbanda.


Um caso de interação deste nível até pode produzir marcas físicas, entretanto é algo muito raro de acontecer, pois isto se dá através de uma espécie de possessão, onde o projetor irá induzir o subconsciente da vítima a causar estas marcas, não que as fará fisicamente, mas através de uma firme crença de que algo seja verdadeiro, isto acaba se manifestando.


Como podemos ver, as possibilidades em uma projeção astral são muito vastas, os limites ainda são desconhecidos, não sabemos até que ponto se pode chegar, então por hora, afirmo que o limite seja nossa própria limitação mental.

Conceitos Adicionais - Projeção Astral

Antes de falar propriamente sobre a interpretação mental sobre interações energéticas acho interessante conceituar o termo mente, assim evitar algum possível engano em sua interpretação.


Quando digo mente, estou me referindo ao todo que compreende sua existência independente de seu corpo físico, seria o que muitos chamam de espírito, e vejo o termo mente muito apropriado para fazer referência a esta existência, visto que não creio em existência de um “corpo” espiritual, mas sim de uma existência espiritual.


E também o fato de que não vejo esta mente estando “presa” ou “dentro” do corpo físico, a consciência é a mesma, você estando acordado ou adormecido, “dentro ou fora” de seu corpo, isto por si só mostra a possibilidade de interação energética a longas distâncias em tempo real, mesmo com ambos acordados. Disto não tenho a menor dúvida, pois não apenas eu consigo como conheço outras pessoas que também o conseguem.

Interpretação mental da interação energética

Aqui entramos nos obscuros domínios da mente humana, onde figuras arquetípicas são remodeladas e atribuídas a tudo o que é desconhecido. E caso isso não aconteça, esta interação energética se tornará traumática e não será lembrada, será traumática pois existe um afeto (interação energética) sem uma representação (imagem arquetípica associada).


A escolha de cada imagem é de certa forma um mistério da mente, dependerá de muitos fatores particulares a cada pessoa, pois são as imagens arquetípicas as quais esta mente esta mais “acostumada.


Por exemplo: se há uma interação energética entre um homem e uma mulher que envolva lidar com energias ligadas a energia vital, dependendo de cada pessoa isso pode ser interpretado pela mente de uma forma, para pessoas mais “românticas” isso pode se tornar um “sonho” erótico (talvez esteja aqui um dos fatores de o vampirismo ser tão associado à luxúria, pois lida com energia vital, que é ligada a nosso instinto de vida – EROS).


Já esta mesma interação energética em uma pessoa com forte relação com seu corpo (dançarinas, fisiculturistas, e adoradores do corpo de forma geral) podem interpretar isso de forma completamente diferente, tanto de forma positiva como negativa, o que pode resultar em sonhos de mutilação por exemplo, onde grandes alterações corporais podem ocorrer.


E ainda, com esta mesma interação, em uma pessoa com forte influencia católica em sua criação pode interpretar isto como um ataque, ou mesmo algo monstruoso.


Como podemos ver, a mente é capaz de colocar a mesma interação energética em diversos “cenários”, que sempre estarão em acordo com aquilo que já existe em sua mente. Isto na verdade ainda é uma ilusão criada pela encarnação, é possível transcender a isso também, mas há o risco de insanidade, pois se perde completamente o referencial de tempo e espaço entre outros que também se perde, como por exemplo você já não saber mais o que é um pensamento seu ou o que é uma informação que sua mente acessou, que talvez seja da mente de alguém a muitos km de você.


Este é um tema realmente muito vasto, e coloquei aqui apenas uma prévia, para podermos iniciar uma conversa sobre as possibilidades em interações energéticas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Wicca | Roda do Ano


As celebrações da bruxaria estão sempre intimamente relacionadas a acontecimentos da natureza, e este conhecimento hoje em dia vem sendo difundido pelos seguidores de Wicca, que é uma das vertentes da Bruxaria, então justamente por estarmos mais acostumados já tanto com o nome como com os cultos, vou utilizar o sistema wicca como base para explicar algumas coisas sobre bruxaria em diversos artigos.



Mito da Roda do Ano

É em Samhain o festival do retorno da morte, que é onde os portões do mundo se abrem e a deusa se transforma em velha e sábia, também conhecida como a senhora do caldeirão. E o deus é o rei da morte que estará a guiar as almas perdidas através dos dias escuros de inverno.

Em Yule o reinado é da escuridão, como se tudo estivesse no interior do caldeirão da deusa,  desta forma o rei das sombras torna-se a criança da promessa, o filho do sol que deverá nascer para restaurar a natureza.

Em Candlemas, temos o crescimento da luz, a manifestação de todo o vigor do deus nascido em Yule. É festejado o crescimento da criança da promessa e os dias se tornam visivelmente mais longos, com isso renova-se a esperança.

Em Ostara, encontramos o equilíbrio, noite e dia, luz e sombra, deusa e deus. A luz se eleva, e o deus quebra as correntes do inverno. A deusa é novamente a virgem e o deus  crescido e vigoroso, o amor sagrado da deusa e do deus nos trazem a promessa do crescimento e da fertilidade.

Em Beltane, a deusa se transforma em um lindo cevo branco, o deus por sua vez em um caçador alado. Na floresta, durante a perseguição, o cervo branco se transforma em uma linda mulher, e assim eles se unem e sua paixão sustenta o mundo.

Em Litha, a deusa é a rainha do verão, e o deus um homem de extrema força e virilidade. Aos poucos o Sol começa a minguar, é neste momento que o deus parte rumo ao País de Verão. A deusa é pura satisfação, nos demonstra isso através de lindas folhas verdes e belas flores coloridas de verão.

Em Lammas, a deusa da a luz e o deus novamente morre pela deusa. A deusa precisa de sua energia, de sua vida para que a vida tenha como prosseguir, ou seja, o deus se sacrifica para que a humanidade seja nutrida. Ele renasce através do grão.

Em Mabon, novamente se reequilibram luz e trevas, porém desta vez o sol estará a minguar, cada vez mais depressa, o deus torna-se então ancião o senhor das sombras.
Neste ponto chegará novamente Samhain, iniciando-se novamente mais um ciclo pelo roda do ano, assim permanecendo em um eterno movimento cíclico.

Podemos observar que se trata de uma clara referencia às estações do ano e seus ciclos, que foram adornados com lendas e folclore dos povos antigos. Mas que não deixa de nos mostrar o quanto a bruxaria está relacionada aos ciclos da natureza.

Nos próximos artigos pretendo descrever como cada uma destas fases do ano costuma ser cultuada, como também mostrar outros aspectos da bruxaria.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Bruxaria – Instrumentos Mágicos


Este é um tema que já me perguntaram bastante tanto por MSN como por email, então decidi fazer este artigo para colocar algumas considerações sobre os mesmos. Mas antes de iniciar as explicações de suas finalidades é importante ressaltar que particularmente não vejo grande necessidade dos mesmos, e que eles servem mais para direcionar a mente do magista, o fazendo manter o foco no que está sendo feito.

Acerca dos instrumentos existe toda uma série de associações simbólicas, que para um observador mais atento pode trazer alguns insights de como tudo realmente funciona.

O Altar
É usual uma bruxa ter seu altar, que costuma ficar voltado para o norte, ele é a representação de sua ligação com os deuses, e nele devem constar os objetos que utiliza para seus trabalhos mágicos, que podem variar de acordo com a tradição a que esta bruxa possa pertencer, mas normalmente ao menos algo que represente os princípios femininos e masculinos, os quatro elementos e suas divindades de devoção costumam figurar neste tipo de altar.

Pentáculo
Um prato de metal ou madeira (também pode ser de outros materiais) com um pentagrama envolto por um círculo. Na bruxaria este instrumento possui vários usos, dentre eles o de consagrar objetos que serão utilizados em rituais. É associado ao elemento Terra, e também representa a ligação do bruxo com os deuses.

Sino
Muitas tradições mágicas fazem uso do sino para demarcar passagens dentro de seus rituais, tanto para demarcar seu início, pontos importantes, término. Os sinos também são muito utilizados em tradições tibetanas pelos monges, com esta mesma finalidade.

Punhal (Athame)
É uma faca para uso ritualístico, normalmente com cabo negro e lâmina de fio duplo, muitas vezes com alguns símbolos gravados em sua lâmina e/ou cabo. É associado ao elemento ar.

Vareta ou bastão
Representa o elemento fogo, possui diversos usos rituais, dentre eles o mais conhecido e utilizado é o de direcionar energias. Costuma ser confeccionado pelo próprio bruxo. Elas podem ser feitas de várias árvores, onde cada uma das árvores possui atribuições específicas.

Cálice
Este é um elemento que não pode faltar em um altar tipicamente pagão, pois os cultos pagãos são cultos ao feminino, e é exatamente isto o que o cálice representa no altar. Representa o elemento água.

Existem muitos outros elementos que podem figurar em um altar pagão, entretanto particularmente aconselho a que se utilize o mínimo de elementos possível, lembre-se de que sua mente é que fará todo o trabalho e não os objetos, se qualquer dos seus objetos possui algum “poder”, só o possui porque sua mente o conferiu ao objeto!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bruxaria — Origem


Nada melhor do que fazer o primeiro artigo do Ataque Astral deste ano abrindo uma nova categoria,” Bruxaria”. Nesta categoria colocarei todos os textos que de alguma forma estejam relacionados, onde teremos: bruxaria, feitiçaria, wicca, paganismo de um modo geral.

Hoje não vou falar sobre sua origem histórica, mas de sua origem muito antiga baseada nas necessidade de povos antigos em solucionar seus problemas, que através das relações normais de causa e efeito não era possível.

Os antigos notaram que o ser humano é dotado de capacidades que escapam a nossa percepção normal. Que não se aplicam à relação comum de causa e efeito, mas que efetivamente funcionaram, e foram sistematizadas ao longo dos séculos.

Onde rituais foram sendo instituídos para determinados fins, deuses foram cultuados, mas sempre se manteve uma mesma base, em todas as tradições que foram surgindo: o culto à natureza e seus fenômenos.

Mesmo na bruxaria moderna, podemos observar que este é um ponto fundamental em sua ideologia, ou seja, mudaram os tempos, mudaram as divindades, mudaram os bruxos, mas isto é imutável e atemporal na bruxaria, o culto a natureza.


 Quando digo culto à natureza não estou me referindo a ela em níveis físicos, mas em níveis mais sutis e elevados, ou não tão elevados assim rsrsr. E principalmente a nossa verdadeira natureza interior, a verdadeira fonte de tudo o “poder” de um bruxo.

Muitos são os caminhos possíveis de serem trilhados na bruxaria, não há caminho certo ou errado, e sim o caminho que combina com você ou não! Isso é muito importante de se tomar consciência, para poder trilhar seu caminho sem ficar se cobrando certas condutas, que são advindas de conceitos que não pertencem a sua natureza e sim ao meio social no qual você está. 

Em breve falarei sobre as origens históricas da bruxaria e suas vertentes, para posteriormente falar sobre suas tradições, crenças e rituais.

Se tiver algum pedido de tema, entre em contato!
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