As celebrações da bruxaria estão sempre intimamente relacionadas a acontecimentos da natureza, e este conhecimento hoje em dia vem sendo difundido pelos seguidores de Wicca, que é uma das vertentes da Bruxaria, então justamente por estarmos mais acostumados já tanto com o nome como com os cultos, vou utilizar o sistema wicca como base para explicar algumas coisas sobre bruxaria em diversos artigos.
Mito da Roda do Ano
É em Samhain o festival do retorno da morte, que é onde os portões do mundo se abrem e a deusa se transforma em velha e sábia, também conhecida como a senhora do caldeirão. E o deus é o rei da morte que estará a guiar as almas perdidas através dos dias escuros de inverno.
Em Yule o reinado é da escuridão, como se tudo estivesse no interior do caldeirão da deusa, desta forma o rei das sombras torna-se a criança da promessa, o filho do sol que deverá nascer para restaurar a natureza.
Em Candlemas, temos o crescimento da luz, a manifestação de todo o vigor do deus nascido em Yule. É festejado o crescimento da criança da promessa e os dias se tornam visivelmente mais longos, com isso renova-se a esperança.
Em Ostara, encontramos o equilíbrio, noite e dia, luz e sombra, deusa e deus. A luz se eleva, e o deus quebra as correntes do inverno. A deusa é novamente a virgem e o deus crescido e vigoroso, o amor sagrado da deusa e do deus nos trazem a promessa do crescimento e da fertilidade.
Em Beltane, a deusa se transforma em um lindo cevo branco, o deus por sua vez em um caçador alado. Na floresta, durante a perseguição, o cervo branco se transforma em uma linda mulher, e assim eles se unem e sua paixão sustenta o mundo.
Em Litha, a deusa é a rainha do verão, e o deus um homem de extrema força e virilidade. Aos poucos o Sol começa a minguar, é neste momento que o deus parte rumo ao País de Verão. A deusa é pura satisfação, nos demonstra isso através de lindas folhas verdes e belas flores coloridas de verão.
Em Lammas, a deusa da a luz e o deus novamente morre pela deusa. A deusa precisa de sua energia, de sua vida para que a vida tenha como prosseguir, ou seja, o deus se sacrifica para que a humanidade seja nutrida. Ele renasce através do grão.
Em Mabon, novamente se reequilibram luz e trevas, porém desta vez o sol estará a minguar, cada vez mais depressa, o deus torna-se então ancião o senhor das sombras.
Neste ponto chegará novamente Samhain, iniciando-se novamente mais um ciclo pelo roda do ano, assim permanecendo em um eterno movimento cíclico.
Podemos observar que se trata de uma clara referencia às estações do ano e seus ciclos, que foram adornados com lendas e folclore dos povos antigos. Mas que não deixa de nos mostrar o quanto a bruxaria está relacionada aos ciclos da natureza.
Nos próximos artigos pretendo descrever como cada uma destas fases do ano costuma ser cultuada, como também mostrar outros aspectos da bruxaria.